O que é a Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica?
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é uma doença respiratória crónica e progressiva que se caracteriza pelo aparecimento de tosse, expetoração, dificuldade respiratória e cansaço. Os sintomas são cada vez mais frequentes à medida que a doença avança. Se não for tratada, leva a uma diminuição da capacidade respiratória com impacto nas atividades do dia-a-dia.
A DPOC é provocada por uma diminuição do calibre das vias aéreas respiratória e destruição do tecido pulmonar. Esta doença é causada pela exposição frequente a agentes nocivos com o tabaco, poluição ou agentes químicos. Afeta sobretudo homens com mais de 40 anos.
O diagnóstico é feito através de um exame de avaliação da função pulmonar, a espirometria. O aparecimento de sintomas como tosse, expetoração e dificuldade respiratória fazem suspeitar desta doença. Numa fase inicial os sintomas podem ser muito ténues ou intermitentes dificultando o seu diagnóstico.
O tratamento assenta em 4 pilares. Em primeiro lugar, evicção do agente agressor se tal for possível. Como um dos principais agentes implicados no desenvolvimento da DPOC é o tabaco, se fuma deve deixar de fumar.
Em segundo lugar, deve cumprir a medicação prescrita pelo seu médico. O tratamento geralmente é feito com recurso a inaladores ou “bombinhas” que procuram aumentar a capacidade funcional do pulmão e impedir a progressão da doença. A DPOC não causa dor e em determinados períodos pode não causar sintomas incapacitantes, mesmo assim é importante manter a terapia inalatória para impedir a progressão da doença e a ocorrência de crises. Existem muitos dispositivos diferentes para a terapia inalatória é importante conhecer as características do seu e avaliar se o está a fazer corretamente. Se tiver dúvidas consulte os nossos vídeos de terapia inalatória. Em situações mais graves, ou em exacerbações, o tratamento pode ter de ser complementado com medicação oral, injetável ou mesmo, oxigénio.
Em terceiro lugar é importante manter atividade física regular de forma a treinar a sua capacidade cardiovascular. Por último, mas não menos é importante manter um alimentação saudável e controlo de outras doenças de apresente.
Por Ana Luís Pereira | Médica de Família e Maria João Nobre | Médica de Família