Mitos sobre a Vacina de COVID19
Desde que foram aprovadas as primeiras vacinas para a COVID19 e que foi delineado o plano de vacinação nacional, têm surgido várias dúvidas e afirmações sobre esta vacina, algumas incorretas e que podem levar a medos infundados e não adesão à vacinação.
Importa, assim, rever os conceitos sobre esta vacina, para podermos estar corretamente informados e decidir sobre se queremos ser vacinados ou não.
Mito: As vacinas não são seguras porque foram desenvolvidas rapidamente.
Falso!
As vacinas COVID19 foram desenvolvidas rapidamente graças a um esforço da comunidade científica e indústria farmacêutica, mas os ensaios clínicos que avaliam a sua eficácia e segurança não foram apressados nem encurtados.
Mito: As vacinas podem causar efeitos a longo prazo.
Falso!
Quando se administra uma vacina, se houver uma complicação ou efeito colateral (como uma reação alérgica), isto ocorrerá minutos a horas após a toma da vacina. Até agora, os estudos demonstraram a segurança da vacina, não tendo ocorrido efeitos colaterais graves.
Mito: Podemos apanhar COVID-19 com a vacina.
Falso!
A vacina não contém o vírus SARS-Cov2 na sua totalidade e não pode causar a doença. Após a toma da vacina podem ocorrer sintomas como dores de cabeça, calafrios ou cansaço, mas isto apenas significa que o corpo está a criar a resposta imunológica (de defesa) e que a vacina está a funcionar.
Mito: eu já tive COVID-19 e por isso não preciso ser vacinado.
Falso!
Neste momento ainda não sabemos se a imunidade criada pelo organismo após infeção pelo vírus SARS-Cov2 é duradoura. O CDC (Center for Disease Control dos EUA) recomenda a vacinação mesmo às pessoas que já estiveram doentes com COVID19. Contudo, numa primeira fase de vacinação é natural que estes casos não sejam considerados prioritários.
Mito: Pessoas com doenças crónicas não devem ser vacinadas.
Falso!
Pessoas com doenças crónicas, como doenças cardíacas, doenças respiratórias como DPOC e até diabetes, correm um alto risco de contrair complicações com a COVID-19. Assim, são grupos que devem fazer a vacina e que podem até, el algumas condições específicas, estar entre as pessoas prioritárias na primeira fase de vacinação.
Mito: As novas vacinas vão alterar o nosso DNA.
Falso!
As vacinas desenvolvidas pela Pfizer e Moderna usam uma tecnologia com RNA mensageiro (mRNA). O que o MRNA faz é fornecer às células do nosso organismo fragmentos do vírus que vai permitir ao organismo produzir os elementos que depois protegem de uma infeção caso entre em contacto com o vírus SARS-Cov2. O mRNA não causa mutações no nosso DNA.
Mito: Se for vacinado, pode ficar infértil.
Falso!
Não há absolutamente nenhum dado dos ensaios clínicos ou qualquer razão teórica que leve a crer que as vacinas podem causar infertilidade.
Mito: Depois de ser vacinado já não é necessário usar máscara ou praticar o distanciamento social.
Falso!
Numa primeira fase, que poderá ainda durar vários meses, as medidas de etiqueta respiratória, uso de máscara e distanciamento social mantêm-se essenciais na prevenção da transmissão da doença, uma vez que não irá existir cobertura vacinal suficiente na população para evitar a transmissão do vírus.