O que é a Psoríase?
A psoríase, ou psoriasis, é uma doença crónica, recorrente, intermitente e de natureza autoimune. A psoríase não tem cura, o tratamento permite controlar os sintomas e diminuir a frequência e a gravidade das crises.

A Psoríase, ou psoriasis, é uma doença crónica, recorrente, intermitente e de natureza autoimune. Embora a sua origem não esteja totalmente esclarecida, ocorre uma desregulação do sistema imunitário, causando inflamação e aumento da renovação das células da camada mais superficial da pele. A Psoríase e uma doença sistémica, além da pele, pode afetar outros órgãos e sistemas. A Psoríase não é uma doença contagiosa, não pondo em risco as pessoas que contactam com estes pacientes.
A psoríase afeta entre 1 a 3% da população mundial, pode surgir em qualquer idade, sendo mais frequente entre os 15 e 30 anos e os 50 e 60 anos de idade.
Geralmente a psoríase manifesta-se com pele espessada e avermelhada, com lesões descamativas, prurido (“comichão”) e por vezes também dor. O estigma associado à esta doença conduz frequentemente a sofrimento e isolamento o que faz com que os sintomas de ansiedade e depressão sejam muito frequentes.
Existem vários tipos de psoríase:
- Psoríase vulgar ou em placas
- Psoríase inversa
- Psoríase gotata ou em gota
- Psoríase pustulosa
- Psoríase ungueal
- Artrite Psoriática
As causas da psoríase não estão totalmente esclarecidas, está associada a história familiar, a obesidade, os défices imunitários e as infeções bacterianos ou virais.
Existem também fatores que embora não causem a doença, podem despoletar uma crise ou surto como: traumatismos e feridas da pele, o stress, queimaduras solares, ambiente frio e seco, abuso de álcool, abuso de tabaco, infeções bacterianas ou virais, e certos medicamentos.
O tratamento não cura a doença, mas controla os sintomas e diminui a frequência e a gravidade dos surtos. É decidido com base no tipo de psoríase, na gravidade e na fase em que se encontra a doença.
No tratamento tópico podem ser usados emolientes e queratolíticos, corticoides, análogos da vitamina D e retinoides. É também uma opção terapêutica a fototerapia, com radiação ultravioleta (UV) B, PUVA – ultravioleta A, e helioterapia. O tratamento sistémico está reservado para as situações mais graves, podendo ser utilizados medicamentos tradicionais, ou biológicos (imunomodeladores).
Por Maria João Nobre | Médica de Família